16 de jan. de 2010

Pode me escutar?

Lá, quando espero o amor verdadeiro de você.Você pode esconder, oh agora, a maneira que faço. ]




{você pode escutar? }
ass: F.

9 de jan. de 2010

Ameaça do futuro.




No mundo do futuro, as pessoas te escrevem um e-mail para avisar que te deixaram um scrap.




por T.C.F

8 de jan. de 2010

Me explica.






Não me contaram, e eu não sabia, que as histórias terminam. Não me disseram que o recomeço era isso, essa profusão de afinidades aleatórias jogadas no vento arredio das semanas passadas. E então, era pedra. E então, é grão de areia no fundo da luz fria.
Falta não soma, ausência não se toma como personagem para se contar uma história - e isso também ninguém me disse... Logo, essa narrativa é inenarrável, são palavras soltas, figuras plenas em olhos tristes ora alegres, o som do que eu não disse, integridades incompletas.
Quem sou eu agora? Sim, agora, agora mesmo, à meia-noite. Três horas antes das três da manhã ou tanto tempo depois daquele dia em que eu... em que eu.
Quem sou eu agora, que não me dou sequer mais o direito de ser ridícula de chorar as mesmas pedras pelos rumores do que me foi dito, de me considerar desimportante - sofrendo por isso - diante do silêncio no que não me foi dito, de me humilhar repetindo tantos milhares de vezes o que eu sinto, de cuspir aos quatro ventos o que é viver uma história inenarrável?
Um possível exemplo em livros de psicanálise. Lacaniana, Winnicott, fenomenologia. Quem sou eu agora? Alguém que escuta música e ainda abraça bichos de pelúcia.
Ninguém nunca me disse que numa certa altura não há mais o que dizer. Que numa certa altura a gente se cala antes do medo da resolução, da frieza de uma descoberta, do anseio por um afago. Ninguém nunca me disse que o resto, o vestígio, a sombra, é um emaranhado de sons surdos. (E eu sinto tanto que me desmancharia em átomos).




por T.C.F

2 de jan. de 2010

Under pressure!


 
 
Desabafo na madrugada...


Nas horas de cansaço eu sempre procuro olhar para os vãos, ou me lembrar deles, porque ali só existem as sombras e o espaço para os medos e as resignações da gente se encaixarem. Abrangentemente imerso num desses, ainda estudando os recortes da luz na parede e os efeitos da pressão no corpo, cheguei à conclusão de que o passeio não tem um fim. E isso depois de passar muito do meu próprio tempo, como se o estivesse roubando de mim mesmo, pensando no que contém os vazios todos da vida, pelos "cantos" ou pelos "vãos" dela.Tanto faz.Outra coisa que me vem à cabeça quando penso nesses vãos - e essa coisa me parece intrínseca a qualquer sentimento meu de aflição - é no tentar preenchê-los com a alegria natural de um Rodrigo Leão cantando "Hapiness" ou de Beck - "Everybody's Gotta Learn ",não com o foco na atitude "tapa-buraco", e sim porque quando eu os escuto consigo me movimentar entre paredes estreitas, por mais tímidos e restringidos que sejam os movimentos, e nessas quase alcanço um lado da minha essência que anda cantando errado sem a menor afinação.O passeio fica no intermezzo, e sempre vai ser assim. O Rodrigo e o Beck me emocionam profundamente.Eles permaneceram onomatopeizando a felicidade nos meus fones até eu enjoar - queira Deus que eu nunca enjoe dos anjos - e eu entre os cantos, os vãos e as redescobertas nas horas de cansaço, vou andando.




"I'm not here...